A chegada

Posted in Uncategorized on February 12, 2011 by giselerech

A chegada a Paris foi um pouco conturbada, graças ao meu péssimo hábito de não prestar atenção ao que as pessoas dizem até o final. Meu digníssimo havia me dado a dica de pegar um trem até a estação Gare du Lest e, dali, pegar o metrô até a estação próxima ao meu hotel. Olhando no mapa, verifiquei que realmente era uma mão na roda (nos trilhos). Só que na ansiedade de nos livramos do peso das malas, compramos apenas os tickets do trem, depois de enfrentar uma fila gigante. Para não voltar para a fila, pensamos o óbvio: Na estação de metrô compramos. Afinal, qual estação do mundo não vende passagens?

Tirando um lance gigante que tivemos que descer com as três malas – duas pequeninas e uma gigante – logo entramos no trem e ficamos tranquilas. Descemos na estação Gare du Lest para pegar o metrô até La Chapelle (linha azul royal, a linha da Place du Clichy). Rapidamente achamos a roleta que dava acesso à estação. Mas olhamos para os lados e… Não tinha local para comprar o ticket do metrô. Tinha uma máquina, mas daquelas que só servem para carregar o cartão-transporte. Máquinas de comprar tickets avulsos ou guichê, nada.

Larguei a Simone com as malas na entrada da estação e saí à caça de uma máquina pela imensa estação, com 10 euros na mão. Depois de perguntar em dois lugares, finalmente achei o caixa de compra: mas estava do lado de dentro das roletas e o guichê, fechado! Esuqeci de mencionar que quando chegamos ao aeroporto vimos uma manifestação de grevistas. O movimento incluia alguns atendentes.

Vendo o meu desespero, um sujeito que falava espanhol muito bem, decidiu ajudar a mim e outro gringo que estava na mesma situação. Ele nos deixou passar com ele na roleta , finalmente, chegamos à máquina. Quando chegou a minha vez, descobri que a máquina não aceita notas (nessa hora me senti uma mané por não ter levado o cartão, que estava na bolsa, que estava dentro da mala de mão porque a EasyJet assim exigiu) . Com o guichê fechado, onde raios conseguiria trocar notas por moedas? Eis que apareceram duas espanholas passando o mesmo perrengue. Fizemos uma troca: mostrei pra elas que dava pra escolher a língua espanhola pra usar a máquina e elas trocaram meu dinheiro. Com os tickets na mão e feliz como se tivesse conquistado o título paranaense de futebol feminino, caminhei mais um quilômetro até a Simone. Chegando lá, ela me contou: no tempo em que eu estava na maratona em busca de bilhetes, ela viu umas cinquenta pessoas pulando as catracas. Antes tivéssemos sido trangressoras!

Enfim, depois de sermos ajudadas por um rapaz para passar a mala gigante pela roleta, chegamos a La Chapelle e a linha linha azul royal. Mais quatro estações e chegamos a Place du Clichy, estação a duas quadras do nosso hotel e pertinho do Molin Rouge.

Abaixo, vista noturna da praça.

Lições da gigi:

1) Se for comprar passagem de trem até a estação Gare du Lest, não esqueça de comprar o ticket do metrô junto.

2) Ao se dirigir aos caixas automáticos de venda de passagens, tenha em mãos moedas ou cartão de crédito. Com notas, só no guichê.

3) Tente – eu disse, tente – não levar mala muito pesada. Diferente de Madri, cuja maioria das estações tem elevador ou escada rolante, as de Paris não são tão fáceis de circular.

4) Se você conhece a limpeza do metrô de Madri, não se assuste com a sujeira do de Paris. Eles são eficientes, ao menos!

Paris!

Posted in Uncategorized on February 12, 2011 by giselerech

Os meus compromissos com a vida acadêmica me fizeram dar uma pequena pausa no andamento do blog. Mas como tem muitas amigas queridas arrumando as malas para Paris, não resisti a postar algumas dicas de Paris. A capital da França foi o meu segundo destino nesta viagem e a Simone me acompanhou na jornada.

Voamos de EasyJet (www.easyjet.com), uma daquela companhias aéreas europeias de preço honestíssimo. Mas tivemos que contratar uma mala extra: nesse tipo de empresa, no valor da passagem só está incluída uma mala de mão, com limite de tamanho, mas não de peso – o que não ajuda muito.  E mais:  a bolsa que nós, meninas, levamos conosco em todas as viagens, devem ser colocadas na mala de mão.

Para economizar “eurecas” para torrar em Paris, contratamos só uma mala de porão e dividimos nossas coisas na mala gigante da Simone. Como eram só cinco dias e cada uma tinha a sua mala de mão, foi relativamente tranquilo. O complicado, como já frisei anteriormente, é montar mala de inverno. E vou dizer pra vocês: Paris é realmente MUITO fria em janeiro. A média era de 0 grau e só vi o azul do céu um dia. Mas Paris, é Paris. Sò lamento ter ficado só cinco dias. Precisava de, no mínimo, dez.

Abaixo, uma foto da Torre Eiffel no úncio dia em que vi o céu azul, mesmo que por pouco tempo.

A segunda do ranking…

Posted in Uncategorized on February 2, 2011 by giselerech

Na minha segunda passagem por Madri, tirei a prova dos 9 e a mantive como a segunda cidade no meu Top 10: a primeira continua sendo o Rio de Janeiro. Não que conheça uma profusão de cidades e se torna até covardia colocar na disputa os pequeninos e pacatos municípios que visitei pela TVParaná Educativa (Doutor Ulysses, Lunardeli, Palmas etc).

Mas Madri é especial. Especial porque tem uma arquitetura clássica e super bem conservada. Especial porque é extremamente limpa. Especial porque tem dois muses (Prado e Thyssen) de tirar o fôlego. Especial porque tem o Parque do Retiro, o belíssimo Palácio Real e a Chueca, bairro dos descolados, cheio de charme. Madri também tem o melhor metrô que já usei, com um ótimo mapeamento e um asseio fora do comum. Tem ainda Flamenco, vinho Rioja, mil escolas de fotografia e centros de estudo de gastronomia e cinema. E ainda tem a Universidade Complutense de Madri e a TVE, uma referência no que se refere ao ensino e às televisões públicas. Sem falar no El Corte, do post anterior, e no templo de consumo para os mais abastados: a Calle Serrano (abaixo).

Pra completar, das cidades que visitei na Europa, é a que tem preços mais honestos, especialmente quando o assunto é alimentação. Com 10 euros você come o menu, que tem entrada, prato principal, sobremesa e bebida.

A única coisa ruim é que sempre dá um friozinho na barriga na hora de chegar. Como a Espanha não trabalha com visto, é na hora que as autoridades decidem se você entra ou não – uma medida desesperada de conter o alto índice de imigração para um país que está com um índice de desemprego na casa dos 20%. Nas duas vezes, não tive problemas, mas tem muito brasileiro que é mandado de volta. Na maioria das vezes, porque não está com todas as exigências cumpridas, que são:

Exigências para entrar na Espanha

Indicação do endereço do hotel ou de onde você vai se hospedar.

Passagem de volta.

Pelo menos 60 euros por cada dia que você vai permanecer por lá, em cash.

Seguro de saúde do acordo Schengen.

É basicamente isso. Providencie  tudo  e boa viagem!

Banco da Espanha: Patrimônio conservadíssimo

Capitalismo selvagem…

Posted in Uncategorized on February 1, 2011 by giselerech

Falar de Madri sem falar do El Corte Inglés é a mesma coisa do que falar de Roma sem citar o Papa. Templo do consumo, o Corte é uam espécie de Harrods (Londres) ou Laffayete (Paris), com estandes de grandes marcas de acessórios, roupas, cosméticos e perfumes. Dependendo da unidade (sim, acho que devem ter umas 10 filiais pela cidade), você tem eletrodomésticos, espaço gourmet, famácias, livrarias, eletretrônicos e tudo mais que você precise imaginar.

Até aí, lembra em muito a finada Mesbla, com a diferença que o Corte vende grandes marcas internacionais. O que me faz colocar esse post é alertar para meus leitores que ao final das estações, as liquidações espanholas são arrasadoras. E isso inclui o Corte. A s chamadas rebajas não são como nossas promoções. Lá eles chegam a dar 70% de desconto. Por isso, se você for em dezembro/janeiro ou julho/agosto, prepare-se e leve uma mala quase vazia para não ter que comprar outra depois.

Outras duas grandes redes que queimam estoque de modo até diria violento são a Zara, que aqui no Brasil pratica preços não muito honsesto, e a H&M, marca sueca de roupas bacanas e super em conta (aliás, mesmo quando não está em rebaja). Na Zara, por exemplo, um vestido que quase paguei R$ 159,00 em Curitiba, paguei o equivalente a R$ 44,00 por lá.

Na foto, a unidade do El Corte Inglés da Calle Serrano na rebaja de verão (desta vez peguei de inverno). Também gosto muito do da Callao (que fica do ladinho de uma Fnac imensa) e tem um gigantesco na estação de metrô Nuevos Ministérios. 

Última noite em Madri

Posted in Uncategorized on January 31, 2011 by giselerech

Como tudo que é bom acaba, minha estada em Madri terminou. E como não poderia deixar de ser, acabou com uma ótima refeição. Fui ao um local chamado Bar Tomate. 

O estabelecimento fica no bairro Chamberí, na Fernando El Santo, 26, rua perpendicular à Avenida Paseo de Castelana (metrô Colón).

É um lugar bem concorrido e é necessário reservar mesa com antecedência ou chegar bem cedo. Chegamos antes das 20h e pegamos uma grande mesa coletiva (na foto retirada do site, é possível vê-la).

Como estabeleci um caso raro de amor pelas trufas, escolhi com a Simone uma pizza de trufas. O problema é que o chef colocou um queijo com sabor bem pronunciado, o que mascarou as coitadas das trufas. Nada de especial.

Mas o que chamou a atenção foi um outro prato que pedimos graças à Rita, simpática amiga portuguesa da Simone. O nome é  “tosta de roast-beef y cebolla confitada”.O sabor é incrível. O molho é agridoce e com a tostadinha no forno fica meio caramelizado. É, pra como dizem os espanhóis, picar – comer com as mãos. Acompanhada de um vinho rosé, da região de Rioja, ficou divino. Aí vai o site do Bar Tomate:

http://www.grupotragaluz.com/rest-tomate.php 

 

Gastronomia espanhola 6

Posted in Uncategorized on January 26, 2011 by giselerech

É notória a queda dos espanhóis por toda a sorte de fungos comestíveis. Sejam os usuais cogumelos (por eles chamados de setas) ou as valorizadíssimas trufas, que são retiradas de dentro da terra. Aliás, em entrevista recente, os balados irmãos Torres, chefs de Barcelona, afirmaram que na infância uma das brincadeiras favoritas na infância era procure ar trufas no Parque Güel – enquanto isso eu pulava amarelinha.

Por ser algo realmente caro, o jeito foi provar em dose homeopática. A Simone, minha anfitriã em Madri, me levou a um simpático restaurante chamado Flash Flash, na Calle Nuñez de Balboa. E lá provei uma reinvenção da tortilla espanhola, que mais parece um omelete puro e simples, já que não leva as batatas da receita original.

A tortilla de queso y trufas leva uma dose generosa de queijo e uma nem tão genereso de trufa, mas dá pra sentir o gostinho especial. É delicioso, ainda mais acompanhada de um vinho Rioja.

De quebra, nesse lindo restaurante, servem a melhor versão de pão com tomate que provei na Espanha. O pão é torradinho com a polpa do tomate em cima, o que deixa cada pedaço bem molhadinho.

Mais um pouco de arte…

Posted in Uncategorized on January 24, 2011 by giselerech

O Museu do Prado é tudo o que falam e um pouco mais. Quem for até metade de fevereiro ainda leva uma belíssima exposição do Renoir de quebra, com direito a auto-retrato, mulheres, crianças e flores. Quanto à coleção principal do museu, tire uma quatro horas para apreciar, senão não dá tempo. O grande destaque é Velasquez, com a enorme coleção que fez quando era bancado pelo imperador Carlos V. As meninas eu já tinha visto numa passagem relâmpago em 2008, mas desta vez pude ver em cada detalhe.

Também tem muito Goya e Zúbaran e clássicos franceses e italianos, como Caravaggio e Tiziano. Entre os espanhóis, conheci melhor Ribera, que tem um espaço gigantesco no Prado. O melhor é que você pode levar tudo isso de recordação no catálogo a preço honesto: 19 euros. A lojinha com lembrancinhas do museu também é nota 1000.

Para fechar a tarde, o Café Prado é a pedida. Você escolhe o que vai comer numa espécie de vitrine (tem quiches, tortillas, saladas e sobremesas) e paga. Simples e rápido, mas com preços um pouco salgados. Vale pelo ambiente, super refinado.

Gastronomia espanhola 4

Posted in Uncategorized on January 23, 2011 by giselerech

Antes tarde do que nunca! Já estou em Paris, mas fiquei devendo alguns posts de Madri. Começo com o registro de um passeio imperdível em Madri: o Palácio Real. Cheguei depois das 17h e já estava fechado. Mas a vista de fora já vale a ida até lá.

De lá fomos a uma arroceria que fica na Calle de Luchana, 35. Tem todo o tipo de paella. Provamos a señorito, que tem o diferencial de já vir com todos os frutos do mar descascados. Apesar de os puristas afirmarem que cozinha-los sem as cascas tiram um pouco do sabor, achei deliciosa e muito mais prática. O arroz é o tradicional e o açafrão dá o tom. Nota 10. O melhor desse restaurante – Tapelia – é que as tapas são generosas e variadas. Cogumelos e mariscos em conserva e um enroladinho de tâmara com bacon são dos deuses. Abaixo a bem-servida paella.

Gastronomia espanhola 3

Posted in Uncategorized on January 19, 2011 by giselerech

Voltemos ao nosso tema favorito: gastronomia. Fiquei de postar uma foto com as autênticas patatas bravas. Ei-las! Esse prato é bem tradicional em Madri. A batata é cortada em pedaços grandes e frita. E sobre elas é derramado um molho picante com tomate e páprica. Simples e saboroso. Porém bem calórico.

Essas são de um bar muito bacana da Chueca, o Lateral. A rua é a Fuencarral e fica pertinho do metrô Gran Via – lado oposto da rua.

 

O melhor do Lateral é petiscar, de preferência acompanhado de uma sangria. Para complementar as patatas, divididas com  minha amiga Simone, pedi pão torradinho com atum defumado e pasta de tomate confitado. O problema de repetir no Brasil é achar o danado do atum a preço honesto.

 

Um pouco de arte

Posted in Uncategorized on January 18, 2011 by giselerech

Para não dizerem que só falo de comida e que me entregar aos pratos deliciosos de Madri é só o que faço, vou fazer uma pequena observação sobre o Museu Thiessen-Bornemisza.

Dizem que é a maior coleção particular do mundo e não duvido. Passei quase quatro horas lá dentro e sai com gostinho de quero mais. Além da coleção permanente, que reúne desde clássicos como El Greco, Caravaggio e Tiziano até nomes mais celebrados como Monet, Kandinsky, Gauguin e Degas. Há também uma profusão de espanhóis, como não poderia deixar de ser. Destaque para o Sueño Causado por el vuelo de una abeja alrededor de una granada un segundo antes de despertar, de 1944. O surrealismo de Dali nunca é over! Ah, como eu queria entender mais de arte!

Paralela à coleção permanente, o museu expõe até o dia 13 de fevereiro Jardines Impressionistas, com muito Pissarro, Monet e Renoir. Vale a pena se você estiver nesse período em Madri.

Abaixo, o portão de entrada do museu, que como a maioria, não permite fotos no seu interior.